A área de estudo é constituída
pela totalidade da freguesia de Albergaria-a-Velha, tal como definido na BGRI
dos Censos 1991, 2001 e 2011, juntamente com as subsecções estatísticas
correspondentes aos lugares da Cruzinha e de Açores. Optou-se pela inclusão
destes dois lugares, pertencentes à freguesia de Valmaior, por fazerem parte do
continuum urbano da cidade de Albergaria-a-Velha. Além destes lugares, em 2011,
fazem ainda parte da freguesia de Albergaria-a-Velha os lugares estatísticos de
Assilhó, Campinho, Cavada Nova, Frias, São Marcos, Sobreiro e Taco.
O principal núcleo urbano da área de
estudo é a cidade de Albergaria-a-Velha, que se encontra delimitada, a norte,
pela variante da N16 e Zona Industrial, a este pelo IC2, a sul pela A25 e a
oeste pela Ribeira de Albergaria. Estas barreiras, naturais ou construídas pelo
homem, foram bastante importantes no desenvolvimento da cidade, contribuindo
para a densificação e contenção da malha urbana, impedindo a sua dispersão pelo
território. Os lugares de Assilhó e Campinho fazem parte do continuum urbano de
Albergaria, não existindo qualquer barreira perceptível entre estes topónimos e
o espaço circundante já que, ao longo do tempo, os interstícios entre os lugares
foram sendo preenchidos por novos arruamentos e habitações. O crescimento
destes aglomerados processa-se quer pelo preenchimento do interior dos antigos
quarteirões e pela ocupação das vias envolventes ao núcleo antigo consolidado,
quer pelo processo de ocupação sucessivo de toda a frente de construção das
principais vias. A estes lugares optou-se por designar, doravante, lugares
centrais, por constituírem o núcleo central e mais denso da área de estudo.
Por sua vez, os
lugares de Cavada Nova, Açores e Cruzinha encontram-se separados do centro da
cidade pelo corredor do IC2, assumindo um povoamento aglomerado, mas difuso,
sem formas de nucleação perceptíveis. São também os únicos lugares da freguesia
que se encontram implantados sobre a bacia hidrográfica do Caima, na encosta do
vale deste curso de água voltada a nascente. O lugar da Sr.ª do Socorro, de génese mais recente,
separado também do centro da cidade pelo IC2, segue um modelo de povoamento
linear ao longo da Estrada Municipal 556. O lugar do Taco corresponde ao espaço
onde foi edificada a Zona Industrial de Albergaria-a-Velha. As poucas
habitações existentes foram edificadas ao longo do IC2, em período anterior à
entrada em vigor do PDM de Albergaria-a-Velha, não tendo relevância
estatística, sendo por isso omisso na caracterização da área de estudo. O lugar
do Sobreiro, por sua vez, segue um modelo de povoamento tipicamente linear, com
a ocupação gradual da via estruturante N16. Recentemente iniciou-se uma
ocupação de caminhos agrícolas perpendiculares, embora sem um planeamento
programado, pelo que tal ocorre de forma desordenada e descontínua Neste lugar
é ainda possível identificar algumas formas de nucleação recentes mais
incipientes, diferenciando alguns locais ao longo das vias, sendo que a
densidade de ocupação aqui é mais elevada. Estes lugares serão designados por
lugares suburbanos.
Por último, os
lugares de S. Marcos e Frias, que se encontram afastados do núcleo urbano de
Albergaria-a-Velha, correspondem a aglomerados de génese rural, com tendência
para um tipo de povoamento linear descontínuo, sendo designados por lugares
periféricos.
A superfície da área de estudo tem 29,07 km² em 1991, 29,17 km² em 2001
e 30,1 km² em 2011, segundo a BGRI do INE. No sentido de uniformizar a análise da informação
geográfica e facilitar a leitura da cartografia, utilizou-se a CAOP 2012,
juntamente com as subsecções estatísticas de 2011 pertencentes à extinta freguesia
de Valmaior e que se achou pertinente englobar na área de estudo, pelos motivos
apontados, como base de análise para os estudos de localização e enquadramento.
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