segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Lugares Estatísticos de Albergaria-a-Velha

A área de estudo é constituída pela totalidade da freguesia de Albergaria-a-Velha, tal como definido na BGRI dos Censos 1991, 2001 e 2011, juntamente com as subsecções estatísticas correspondentes aos lugares da Cruzinha e de Açores. Optou-se pela inclusão destes dois lugares, pertencentes à freguesia de Valmaior, por fazerem parte do continuum urbano da cidade de Albergaria-a-Velha. Além destes lugares, em 2011, fazem ainda parte da freguesia de Albergaria-a-Velha os lugares estatísticos de Assilhó, Campinho, Cavada Nova, Frias, São Marcos, Sobreiro e Taco.

O principal núcleo urbano da área de estudo é a cidade de Albergaria-a-Velha, que se encontra delimitada, a norte, pela variante da N16 e Zona Industrial, a este pelo IC2, a sul pela A25 e a oeste pela Ribeira de Albergaria. Estas barreiras, naturais ou construídas pelo homem, foram bastante importantes no desenvolvimento da cidade, contribuindo para a densificação e contenção da malha urbana, impedindo a sua dispersão pelo território. Os lugares de Assilhó e Campinho fazem parte do continuum urbano de Albergaria, não existindo qualquer barreira perceptível entre estes topónimos e o espaço circundante já que, ao longo do tempo, os interstícios entre os lugares foram sendo preenchidos por novos arruamentos e habitações. O crescimento destes aglomerados processa-se quer pelo preenchimento do interior dos antigos quarteirões e pela ocupação das vias envolventes ao núcleo antigo consolidado, quer pelo processo de ocupação sucessivo de toda a frente de construção das principais vias. A estes lugares optou-se por designar, doravante, lugares centrais, por constituírem o núcleo central e mais denso da área de estudo.

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Por sua vez, os lugares de Cavada Nova, Açores e Cruzinha encontram-se separados do centro da cidade pelo corredor do IC2, assumindo um povoamento aglomerado, mas difuso, sem formas de nucleação perceptíveis. São também os únicos lugares da freguesia que se encontram implantados sobre a bacia hidrográfica do Caima, na encosta do vale deste curso de água voltada a nascente. O lugar da Sr.ª do Socorro, de génese mais recente, separado também do centro da cidade pelo IC2, segue um modelo de povoamento linear ao longo da Estrada Municipal 556. O lugar do Taco corresponde ao espaço onde foi edificada a Zona Industrial de Albergaria-a-Velha. As poucas habitações existentes foram edificadas ao longo do IC2, em período anterior à entrada em vigor do PDM de Albergaria-a-Velha, não tendo relevância estatística, sendo por isso omisso na caracterização da área de estudo. O lugar do Sobreiro, por sua vez, segue um modelo de povoamento tipicamente linear, com a ocupação gradual da via estruturante N16. Recentemente iniciou-se uma ocupação de caminhos agrícolas perpendiculares, embora sem um planeamento programado, pelo que tal ocorre de forma desordenada e descontínua Neste lugar é ainda possível identificar algumas formas de nucleação recentes mais incipientes, diferenciando alguns locais ao longo das vias, sendo que a densidade de ocupação aqui é mais elevada. Estes lugares serão designados por lugares suburbanos.

Por último, os lugares de S. Marcos e Frias, que se encontram afastados do núcleo urbano de Albergaria-a-Velha, correspondem a aglomerados de génese rural, com tendência para um tipo de povoamento linear descontínuo, sendo designados por lugares periféricos.

A superfície da área de estudo tem 29,07 km² em 1991, 29,17 km² em 2001 e 30,1 km² em 2011, segundo a BGRI do INE. No sentido de uniformizar a análise da informação geográfica e facilitar a leitura da cartografia, utilizou-se a CAOP 2012, juntamente com as subsecções estatísticas de 2011 pertencentes à extinta freguesia de Valmaior e que se achou pertinente englobar na área de estudo, pelos motivos apontados, como base de análise para os estudos de localização e enquadramento.

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Forma de Ocupação dos Alojamentos Familiares

Relativamente à forma de ocupação dos alojamentos, verificamos que os valores mais reduzidos no que se refere a proprietários ocupantes se reportavam a 1991. Entre 1991 e 2001 registou-se um aumento generalizado em todas as freguesias, verificando-se uma ligeira diminuição nos 10 anos seguintes. A freguesia de Albergaria-a-Velha é a que apresenta os valores mais reduzidos de proprietários ocupantes e os valores mais elevados de arrendatários. Estes, por sua vez, têm vindo a perder peso relativo no contexto das formas de ocupação, registando uma grande diminuição na freguesia de Albergaria-a-Velha, entre 1991 e 2001. Nas restantes freguesias verifica-se também uma pequena diminuição, com excepção das freguesias da Branca e São João de Loure, onde se regista um ligeiro aumento no número de arrendatários, entre 2001 e 2011. Esta oscilação poderá ser um indicador das condições financeiras dos agregados familiares, estando o aumento dos casos de alojamentos arrendados associados a um menor rendimento médio.

Em 2011, existiam 787 mil alojamentos familiares clássicos arrendados ou subarrendados ocupados como residência habitual em Portugal, dos quais 111 mil estavam localizados na Região Centro. No caso do país, estes representavam 19,7% do parque habitacional de alojamentos familiares de residência habitual enquanto na Região Centro estes eram apenas 12,4%. A média nacional era superada apenas em cinco municípios da Região Centro: Peniche, Nazaré, Aveiro, Coimbra e Covilhã, onde o peso dos arrendamentos era mais significativo. Face a 2001, os alojamentos arrendados e subarrendados ocupados como residência habitual aumentaram 9,8% na Região Centro, ou seja, acima do aumento médio nacional (6,3%). Este aumento ocorreu essencialmente no litoral da região, uma vez que a maioria dos decréscimos registados no número de alojamentos arrendados ou subarrendados se observou no interior. As maiores diminuições ocorreram em municípios do interior, enquanto os aumentos mais significativos se distribuem de forma heterogénea pela região: Oliveira do Bairro e Vagos no Baixo Vouga, Vila de Rei no Pinhal Interior Sul, Oliveira de Frades no Dão-Lafões e Batalha no Pinhal Litoral. O aumento médio do arrendamento e subarrendamento poderá evidenciar uma inversão no paradigma que marcou as últimas décadas relativamente ao acesso à propriedade através da aquisição de casa própria.


Verifica-se ainda que os alojamentos arrendados e subarrendados da Região Centro dispõem já, em termos médios, de boas infraestruturas: 99,4% dos alojamentos têm água canalizada, 98,8% têm sistema de drenagem de águas residuais, 97,5% têm instalação de banho ou duche e 37,1% têm lugar de estacionamento. Estas características dos alojamentos da região são muito semelhantes à média das observadas na totalidade dos alojamentos existentes no país.

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AFCRHPO - Alojamento Familiar Clássico de Residência Habitual com Proprietário Ocupante
AFCRHARR - Alojamento Familiar Clássico de Residência Habitual Arrendado

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Alojamentos de Residência Habitual e Vagos

A construção de edifícios, nas últimas décadas, a um ritmo superior ao crescimento populacional e ao número de famílias, tem como consequência uma diminuição do número de alojamentos familiares de residência habitual, em particular entre 2001 e 2011. Se entre 1991 e 2011 a diminuição foi de apenas 1,45 p.p. para o total do concelho e 1,95 p.p. para a freguesia de Albergaria-a-Velha, havendo mesmo freguesias como Angeja, São João de Loure e Valmaior que contrariaram a tendência de descida; entre 2001 e 2011, a diminuição do total de alojamentos familiares de residência habitual foi muito mais acentuada, estendendo-se a todas as freguesias, atingindo os valores mais reduzidos em Frossos, Valmaior e Albergaria-a-Velha.

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Estes valores são superiores aos da Região Centro, onde os alojamentos familiares de residência habitual representam agora 61,9% do total de alojamentos destinados às famílias na região, quando este peso era de 66,4% nos Censos de 2001.


A diminuição do total de alojamentos familiares de residência habitual tem como consequência imediata o aumento do número de alojamentos familiares vagos. Assim, no concelho de Albergaria-a-Velha, estes passaram de 9,09%, em 1991, para 10,05%, em 2001, atingindo 14,18%, em 2011. Ao nível das freguesias, a única que regista uma diminuição na última década é a de Ribeira de Fráguas, enquanto as restantes viram o seu número aumentar. Os valores mais elevados, em 2011, verificam-se em Valmaior, Albergaria-a-Velha e Branca.


Na região, o aumento do número de alojamentos vagos foi particularmente intenso, tendo crescido 51,5%. A Região Centro é mesmo a segunda região do país com maior peso dos alojamentos de residência secundária e dos alojamentos vagos no seu parque habitacional. Embora o aumento desta situação no parque habitacional ocorra em todo o país e na Região Centro, no litoral da região esta situação deve-se à existência de alojamentos nas zonas balneares para ocupação apenas em períodos de férias, enquanto no interior esta situação deve-se, em parte, à população que saiu desses territórios (por fenómenos de migração no país ou de emigração) mas que manteve os seus alojamentos.

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Dinâmica do Parque Habitacional

O total de edifícios no concelho de Albergaria-a-Velha tem vindo a aumentar de forma acentuada. Ao nível das freguesias, este aumento nem sempre tem correspondido a uma variação populacional positiva. No período em análise, o aumento foi de cerca de 1100 novos edifícios entre 1991 e 2001, enquanto entre 2001 e 2011 rondou os 1500 edifícios novos.

Como seria de esperar pela evolução dos efectivos populacionais, as freguesias de Albergaria-a-Velha e Branca apresentam o maior número de edifícios. No entanto, se entre 1991 e 2001 o maior aumento se registou na primeira, entre 2001 e 2011 foi na segunda que o número de novos edifícios foi mais expressivo. Como o número de novos alojamentos familiares foi bastante superior em Albergaria-a-Velha em relação à freguesia da Branca, podemos deduzir que a diferença registada no número de novos edifícios se fica a dever às características do edificado, em particular ao número de alojamento por edifícios, que é superior na sede de concelho, com maior incidência dos edifícios plurifamiliares.

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O total de alojamentos familiares, tal como dos edifícios, tem vindo a aumentar durante o período em análise. No entanto, este aumento, que se cifrou em cerca de 2000 novos edifícios por década, desde 1991, é superior ao aumento do número de famílias clássicas, que se ficou pelas 1400, entre 1991 e 2001, sendo de 1000 nos dez anos seguintes. Esta discrepância resulta num aumento do número de alojamentos familiares vagos.

A construção de novos alojamentos, ocorrendo em todas as freguesias, foi mais intensa nas freguesias de Albergaria-a-Velha e Branca, com aproximadamente 2000 e 800 novos alojamentos, respectivamente. De uma forma menos significativa à escala concelhia, podemos apontar ainda o crescimento relativo do número de alojamentos familiares, na última década, nas freguesias de Alquerubim, São João de Loure e Valmaior, sendo esta freguesia aquela onde a variação foi maior.

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Evolução da Estrutura Profissional

A estrutura profissional dos indivíduos residentes em Albergaria-a-Velha, quanto ao seu sector de actividade dos trabalhadores, tem acompanhado a evolução registada no país. Contudo, esta evolução não tem sido homogénea. Em 1991, a Ribeira de Fráguas apresenta ainda um maior peso relativo do sector primário em relação ao terciário, embora a maioria da população estivesse já empregada no sector secundário, paradigmático da ruralidade que caracterizava a freguesia. De resto, tal como na região do Baixo Vouga, era o sector secundário que detinha o maior número de empregados do concelho, embora em Albergaria-a-Velha o sector terciário tivesse já bastante próximo, com menos 1,5 p.p., aproximadamente. Em 2001, verificamos uma descida acentuada do peso do sector primário e uma ligeira descida do sector secundário que, ainda assim, detém a maioria dos residentes empregados. Neste ano, na freguesia de Albergaria-a-Velha, o sector terciário era já o principal empregador. Em 2011, no total concelhio, o sector terciário concentra a maioria da população empregada, sendo que apenas em Alquerubim, Angeja e Ribeira de Fráguas o sector secundário é ainda o predominante. Comparativamente com o Baixo Vouga, verifica-se que o concelho de Albergaria-a-Velha tem um maior peso relativo do sector secundário face aos restantes concelhos.

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Se atendermos apenas à freguesia sede de Concelho, verificamos que a mudança de uma sociedade predominantemente empregada no sector secundário para o sector terciário ocorre bastante mais cedo que nas restantes freguesias, e até mesmo em relação à região do Baixo Vouga. Em 1991, a predominância do sector secundário é já bastante disputada pelo sector terciário, sendo este predominante em 2001, consolidando essa posição em 2011. Por último, destaca-se o facto de os valores registados nesta freguesia, no sector secundário e terciário, serem ligeiramente superiores à média da região.

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A percentagem de população em idade activa registou um ligeiro aumento entre 1991 e 2001, tendo registado uma diminuição mais acentuada até 2011, em linha com os dados disponíveis para o Baixo Vouga e para Portugal. Na freguesia de Albergaria-a-Velha, por seu turno, não se verificou um aumento na primeira década, tendo esta apresentado uma diminuição contínua desde 1991, embora a um ritmo mais lento que o verificado em outra freguesias, em particular naquelas onde o Índice de Envelhecimento é mais elevado.

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quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Nível de Qualificação da População Residente

A análise do nível de qualificação da população residente e em particular da população analfabeta permite-nos perceber a evolução registada no concelho de Albergaria-a-Velha e o que isso significou em melhoria no acesso ao emprego qualificado e consequente melhoria da qualidade de vida. Com valores bastantes inferiores aos registados para a Região Centro, o concelho apresentava, em 1991 e 2001, valores um pouco superiores à média do Baixo Vouga, situação que foi corrigida em 2011. A diminuição, mais intensa nos últimos dez anos, resulta em valores mais reduzidos nas freguesias de Frossos, Albergaria-a-Velha e Branca, valores estes que se encontram correlacionados com os registados no Índice de Envelhecimento, onde estas freguesias também apresentam os valores mais reduzidos. Por outro lado, Ribeira de Fráguas, Alquerubim e Angeja apresentam ainda valores bastante elevados, superiores à média da sub-região e do país.

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Quanto à população residente com um grau de ensino superior completo, esta tem aumentado desde 1991, de forma mais acelerada no último decénio. Os valores mais elevados surgem em Albergaria-a-Velha (16,76%, em 2011), onde se encontram mais de 50% dos indivíduos com ensino superior completo a residir no concelho. Esta é também a única freguesia que atinge um valor superior ao que se verifica na sub-região do Baixo Vouga (14,3%, em 2011) e que se encontra acima da média do concelho. De facto, em 2011, as restantes freguesias ainda atingem valores bastante inferiores aos do próprio concelho e da sub-região, sendo que os mais elevados se encontram na Branca (8,87%) e em Valmaior (6,94%).

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Evolução da Estrutura Familiar

O número de famílias clássicas no concelho de Albergaria-a-Velha tem vindo a aumentar desde 1991. Este aumento foi mais significativo entre 1991 e 2001, com um acréscimo de sensivelmente 1400 famílias, que se verificou em quase todas as freguesias, com excepção de São João de Loure, onde se registou uma estagnação. Entre 2001 e 2011, o aumento ficou-se pelas 1000 famílias, sendo que em Angeja se verificou uma ligeira diminuição e em Frossos e Ribeira de Fráguas uma estagnação. O maior aumento no número de famílias clássicas, nos dois períodos em análise, verificou-se na freguesia de Albergaria-a-Velha.

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Este aumento no número de famílias deve-se, além do crescimento populacional, à atomização dos núcleos familiares, ou seja, a diminuição do número de elementos por agregado. Com efeito, a estrutura das famílias clássicas tem vindo a alterar-se ao longo do período em análise, com a diminuição do número de famílias com cinco ou mais elementos e o aumento do número de famílias com apenas um ou dois elementos. Entre 1991 e 2001 verifica-se ainda um ligeiro aumento do número de famílias com três ou quatro elementos, sendo que em 2011 se verifica já uma diminuição deste grupo.

A freguesia de Albergaria-a-Velha, em 1991, era a que registava um menor número relativo de famílias clássicas com mais de cinco elementos. Em 2011, a atomização dos núcleos familiares é ainda mais evidente, sendo a freguesia com menor percentagem de famílias clássicas com cinco ou mais elementos e uma das que tem mais núcleos unifamiliares ou com dois elementos, apenas ultrapassada pela freguesia de Frossos. A proporção de famílias com 5 ou mais elementos atinge os valores mais elevados em Angeja, embora seja a Branca que concentra o maior peso relativo de famílias numerosas, com três ou mais elementos, situação que já se verificava em 1991. 

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Esta heterogeneidade evidencia as diferenças entre uma comunidade com características urbanas em Albergaria-a-Velha e as restantes freguesias, com traços ainda de uma certa ruralidade que se vem desvanecendo.

terça-feira, 3 de novembro de 2015

Envelhecimento da População Residente

Ao longo dos últimos 30 anos observa-se uma tendência de diminuição dos valores do Índice de Juventude (definido como o quociente entre o número de pessoas com idades compreendidas entre os 0 e os 14 anos e o número de pessoas com idade igual ou superior a 65 anos) e um aumento dos valores do Índice de Envelhecimento em todas as freguesias, embora a ritmos diferentes. Mais intensa na maioria das freguesias rurais, esta evolução é mais lenta nas freguesias de Albergaria-a-Velha, Branca e Frossos. De facto, se em 1991 apenas a Branca, Frossos e Ribeira de Fráguas registavam um Índice de Juventude superior à média nacional, em 2001 somente Angeja e Valmaior se encontram abaixo dessa média. Em 2011, apenas Albergaria-a-Velha, Branca e Frossos registam valores superiores à média do país. 

Os valores registados em Albergaria-a-Velha reflectem a dinâmica populacional da freguesia, em particular a sua capacidade em atrair os fluxos migratórios. Pelo contrário, a freguesia de Ribeira de Fráguas, que apresentava em 1991 um elevado Índice de Juventude, em virtude do elevado número de filhos por família, característico da sociedade rural, em 2001 apresenta já o valor mais reduzido do concelho, resultado do rápido envelhecimento da população e da diminuição da sua população em idade activa, em consequência da emigração para a sede de concelho e outros destinos.

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Quanto ao Índice de Envelhecimento (definido como o quociente entre o número de pessoas com idade igual ou superior a 65 anos e o número de pessoas com idades compreendidas entre os 0 e os 14 anos), em 1991, Branca, Frossos e Ribeira de Fráguas apresentam valores inferiores à média nacional; em 2001, essa média é superada apenas por Angeja e Valmaior; em 2011, as freguesias que apresentam valores inferiores à média nacional são apenas Albergaria-a-Velha, Branca e Frossos. Embora o envelhecimento da população seja generalizado, observa-se, novamente, a trajectória de envelhecimento acentuado registado em Ribeira de Fráguas, mas também em Angeja. Por outro lado, as freguesias de cariz urbano mais vincado apresentam os valores mais reduzidos. Esta dinâmica pode ser explicada, novamente, pela composição dos fluxos migratórios, que privilegiam as freguesias urbanas.

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No que diz respeito ao Índice de Dependência (definido como o quociente entre o somatório de pessoas com idades compreendidas entre os 0 e os 14 anos e as pessoas com idade igual ou superior a 65 anos, e o número de pessoas com idades compreendidas entre os 15 e os 64 anos), verifica-se que as freguesias de Albergaria-a-Velha, Branca e Frossos são as que apresentam os valores mais reduzidos e inferiores à média nacional e regional, em particular a partir de 2001 e com tendência de consolidação.

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