Relativamente à forma de ocupação dos
alojamentos, verificamos que os valores mais reduzidos no que se refere a
proprietários ocupantes se reportavam a 1991. Entre 1991 e 2001
registou-se um aumento generalizado em todas as freguesias, verificando-se uma
ligeira diminuição nos 10 anos seguintes. A freguesia de Albergaria-a-Velha é a
que apresenta os valores mais reduzidos de proprietários ocupantes e os valores
mais elevados de arrendatários. Estes, por sua vez, têm vindo a perder peso
relativo no contexto das formas de ocupação, registando uma grande diminuição na freguesia de Albergaria-a-Velha, entre 1991 e 2001. Nas restantes freguesias
verifica-se também uma pequena diminuição, com excepção das freguesias da Branca
e São João de Loure, onde se regista um ligeiro aumento no número de
arrendatários, entre 2001 e 2011. Esta oscilação poderá ser um indicador das condições financeiras dos agregados familiares, estando o aumento dos casos de alojamentos arrendados associados a um menor rendimento médio.
Em 2011,
existiam 787 mil alojamentos familiares clássicos arrendados ou subarrendados
ocupados como residência habitual em Portugal, dos quais 111 mil estavam
localizados na Região Centro. No caso do país, estes representavam 19,7% do
parque habitacional de alojamentos familiares de residência habitual enquanto na
Região Centro estes eram apenas 12,4%. A média nacional era
superada apenas em cinco municípios da Região Centro: Peniche, Nazaré, Aveiro, Coimbra
e Covilhã, onde o peso dos arrendamentos era mais significativo. Face a 2001, os
alojamentos arrendados e subarrendados ocupados como residência habitual
aumentaram 9,8% na Região Centro, ou seja, acima do aumento médio nacional
(6,3%). Este aumento ocorreu essencialmente no litoral da região, uma vez que a
maioria dos decréscimos registados no número de alojamentos arrendados ou
subarrendados se observou no interior. As maiores diminuições ocorreram em
municípios do interior, enquanto os aumentos mais significativos se distribuem de forma
heterogénea pela região: Oliveira do Bairro e Vagos no Baixo Vouga, Vila de Rei
no Pinhal Interior Sul, Oliveira de Frades no Dão-Lafões e Batalha no Pinhal
Litoral. O aumento médio do arrendamento e subarrendamento poderá evidenciar
uma inversão no paradigma que marcou as últimas décadas relativamente ao acesso
à propriedade através da aquisição de casa própria.
Verifica-se ainda que os
alojamentos arrendados e subarrendados da Região Centro dispõem já, em termos
médios, de boas infraestruturas: 99,4% dos alojamentos têm água canalizada,
98,8% têm sistema de drenagem de águas residuais, 97,5% têm instalação de banho
ou duche e 37,1% têm lugar de estacionamento. Estas características dos alojamentos
da região são muito semelhantes à média das observadas na totalidade dos
alojamentos existentes no país.
AFCRHPO - Alojamento Familiar Clássico de Residência Habitual com Proprietário Ocupante
AFCRHARR - Alojamento Familiar Clássico de Residência Habitual Arrendado
AFCRHARR - Alojamento Familiar Clássico de Residência Habitual Arrendado
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