segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Forma de Ocupação dos Alojamentos Familiares

Relativamente à forma de ocupação dos alojamentos, verificamos que os valores mais reduzidos no que se refere a proprietários ocupantes se reportavam a 1991. Entre 1991 e 2001 registou-se um aumento generalizado em todas as freguesias, verificando-se uma ligeira diminuição nos 10 anos seguintes. A freguesia de Albergaria-a-Velha é a que apresenta os valores mais reduzidos de proprietários ocupantes e os valores mais elevados de arrendatários. Estes, por sua vez, têm vindo a perder peso relativo no contexto das formas de ocupação, registando uma grande diminuição na freguesia de Albergaria-a-Velha, entre 1991 e 2001. Nas restantes freguesias verifica-se também uma pequena diminuição, com excepção das freguesias da Branca e São João de Loure, onde se regista um ligeiro aumento no número de arrendatários, entre 2001 e 2011. Esta oscilação poderá ser um indicador das condições financeiras dos agregados familiares, estando o aumento dos casos de alojamentos arrendados associados a um menor rendimento médio.

Em 2011, existiam 787 mil alojamentos familiares clássicos arrendados ou subarrendados ocupados como residência habitual em Portugal, dos quais 111 mil estavam localizados na Região Centro. No caso do país, estes representavam 19,7% do parque habitacional de alojamentos familiares de residência habitual enquanto na Região Centro estes eram apenas 12,4%. A média nacional era superada apenas em cinco municípios da Região Centro: Peniche, Nazaré, Aveiro, Coimbra e Covilhã, onde o peso dos arrendamentos era mais significativo. Face a 2001, os alojamentos arrendados e subarrendados ocupados como residência habitual aumentaram 9,8% na Região Centro, ou seja, acima do aumento médio nacional (6,3%). Este aumento ocorreu essencialmente no litoral da região, uma vez que a maioria dos decréscimos registados no número de alojamentos arrendados ou subarrendados se observou no interior. As maiores diminuições ocorreram em municípios do interior, enquanto os aumentos mais significativos se distribuem de forma heterogénea pela região: Oliveira do Bairro e Vagos no Baixo Vouga, Vila de Rei no Pinhal Interior Sul, Oliveira de Frades no Dão-Lafões e Batalha no Pinhal Litoral. O aumento médio do arrendamento e subarrendamento poderá evidenciar uma inversão no paradigma que marcou as últimas décadas relativamente ao acesso à propriedade através da aquisição de casa própria.


Verifica-se ainda que os alojamentos arrendados e subarrendados da Região Centro dispõem já, em termos médios, de boas infraestruturas: 99,4% dos alojamentos têm água canalizada, 98,8% têm sistema de drenagem de águas residuais, 97,5% têm instalação de banho ou duche e 37,1% têm lugar de estacionamento. Estas características dos alojamentos da região são muito semelhantes à média das observadas na totalidade dos alojamentos existentes no país.

 photo Forma de Ocupaccedilatildeo dos Alojamentos.jpg

AFCRHPO - Alojamento Familiar Clássico de Residência Habitual com Proprietário Ocupante
AFCRHARR - Alojamento Familiar Clássico de Residência Habitual Arrendado

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