Geologia, Pedologia e Litologia
A composição litológica de Albergaria é dominada pelas formações do
período do Pré-Câmbrico, que ocupa a grande maioria da sua área, onde
predominam as formações sedimentares e metamórficas compostas por xistos,
anfibolitos, micaxistos, grauvaques quartzitos, rochas carbonatadas e gnaisses
que dão origem a cambissolos. No quadrante oeste surge uma pequena faixa do
período Plistocénico, com formações sedimentares de areias e cascalheiras. No
quadrante sul sobressaem as formações sedimentares do Plio Plistocénico, com as
suas areias, calhaus rolados, arenitos e argilas.
Altimetria e Hidrografia
A área de estudo é marcada por uma topografia pouco acidentada, com as
cotas de altitude a aumentarem, gradualmente, de poente para nascente. Os
principais acidentes topográficos, onde os declives são mais acentuados,
correspondem ao monte da Nossa Sr.ª do Socorro, no extremo nordeste da área de
estudo, à vertente orientada a Este do vale do rio Caima, onde se desenvolveram
os lugares da Cruzinha e Açores, e ao vale da ribeira de Albergaria e ribeiras
adjacentes, em particular no troço que corresponde à fronteira entre a freguesia
de Albergaria e Angeja. Estas linhas de água são também os
principais cursos de água permanentes presentes neste território.
Climatologia
Climatologia
O território em análise encontra-se na zona de transição entre a influência
marítima e a continental, como referido nos capítulos anteriores e se comprova
pelas diferenças de temperatura e precipitação. De facto, a temperatura média registada varia entre os 15º C e
os 16º C, a oeste, e os 12,5º C e 15º C, a este. Simultaneamente, a
precipitação acompanha esta diferenciação, registando-se uma repartição entre
os 1000 e 1200 mm no quadrante sudoeste, e os 1200 e 1400 mm no quadrante
nordeste.
Paisagem
A classificação paisagística da área de estudo reflecte as nuances e comprova a especificidade deste território enquanto espaço de transição. Assim, a paisagem “Ribeira Subatlântica (regadio dominado)” predomina no quadrante Oeste, ocupando a maior parte da área de estudo, sucedendo-lhe, aproximadamente a partir da linha de cumeada da vertente direita da bacia do Caima, a “Ribeira Subatlântica (regadio dominante)”.
Ocupação do Solo
Paisagem
A classificação paisagística da área de estudo reflecte as nuances e comprova a especificidade deste território enquanto espaço de transição. Assim, a paisagem “Ribeira Subatlântica (regadio dominado)” predomina no quadrante Oeste, ocupando a maior parte da área de estudo, sucedendo-lhe, aproximadamente a partir da linha de cumeada da vertente direita da bacia do Caima, a “Ribeira Subatlântica (regadio dominante)”.
Ocupação do Solo
De modo a analisar as
mudanças verificadas no uso e ocupação do solo, recorreu-se à interpretação das Cartas de Ocupação do Solo (COS) de
1990 e 2007. Relativamente a 1990, a
floresta ocupava a maior mancha, distribuindo-se por 19,55 km², correspondendo
a aproximadamente 65% da área de estudo. Destes, 9,84 km² eram de povoamento
florestal misto, 7,79 km² de folhosas e 1,93 km² de resinosas. Os meios
seminaturais, dominados por ocupação arbustiva e herbácea, tinham pouca
expressão na área de estudo, não chegando a ocupar 1 km². As áreas agrícolas,
que ocupavam 6,23 km², ou seja, 20,69% da área de estudo, distribuíam-se numa
heterogeneidade de pequenas parcelas na envolvente ou nos interstícios do
perímetro urbano, das quais se destacavam, pelo seu peso relativo, as culturas
anuais de regadio, os sistemas culturais e parcelares complexos e as culturas
anuais e vinha. Quanto às áreas artificiais, ocupavam 11,4% da área de
estudo, cerca de 3,43 km². A área com maior relevância diz respeito ao tecido
urbano contínuo, identificado como correspondendo ao centro urbano de
Albergaria-a-Velha e ao lugar do Sobreiro, verificando-se a sua predominância
face ao espaço urbano descontínuo. Estes espaços ocupavam, no total, 1,70 km²,
sensivelmente a mesma área que se encontrava ocupada pelas infraestruturas e
equipamentos. Entre estas, destacam-se os 1,05 km² de zonas industriais e
comerciais, que correspondiam quase por inteiro à zona industrial de
Albergaria, que nesta época se encontrava ainda na primeira fase de construção
e desenvolvimento.
Na COS 2007 verificam-se algumas
mudanças importantes na ocupação do solo, particularmente a diminuição das
áreas agrícolas e o aumento das áreas artificiais. As primeiras viram a sua
área diminuir em função do crescimento do perímetro urbano, registando, em
2007, 3,74 km² – 12,43% da área de estudo – sendo a maior parte ocupada por
culturas temporárias. Os territórios artificializados, por sua vez, atingiram
os 5,39 km², ou seja, 17,89% do território. Pela primeira vez, a área destinada
a indústria, comércio e transportes suplantou a área ocupada pelo tecido
urbano, com 2,41 km² e 2,40 km², respectivamente. As áreas ocupadas por
florestas e meios naturais e seminaturais continuam a ser as mais
representativas, atingindo quase 70% da área de estudo. No entanto,
analisando as características destas manchas, verificamos que a área ocupada
por florestas diminuiu cerca de 4 km², enquanto os espaços naturais e
seminaturais atingiram mais de 5 km², sendo que em 1990 eram cerca de 5 vezes
menores.
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